
Quem visita Curitiba pela primeira vez sempre ouve a mesma dica: “Vai no Barigui!”. E não é à toa.
O Parque Barigui é um dos lugares mais queridos da cidade, e talvez o único onde você pode ver uma capivara, pedalar, tirar foto com lago, comer pipoca e ainda dar uma volta na roda-gigante. Tudo no mesmo dia.
O parque é enorme, cheio de espaço para caminhar, brincar com as crianças, fazer piquenique ou só ficar à toa, olhando o movimento.
Muita gente de Curitiba usa o Barigui como se fosse o quintal de casa. Já os turistas descobrem ali um pedaço da cidade que mistura natureza, lazer e um certo jeitão curitibano de ser.
Aqui você vai encontrar um roteiro prático com tudo o que dá pra fazer por lá: onde estacionar, o que visitar, o que dá pra comer e, claro, onde estão as capivaras (sim, elas existem e são as estrelas do lugar).
Vamos ver por que o Parque Barigui é tão famoso?
Atrações do Parque Barigui
O Parque Barigui não é só um lugar bonito para caminhar. Ele tem atrações que vão de pedalinho a museu, passando por roda-gigante, pista de skate, área para slackline e, claro, as famosas capivaras.
Vou mostrar agora cada uma das principais atrações, com dicas reais para você aproveitar melhor cada cantinho do parque.
Lago
O lago é o coração do Parque Barigui. Grande, bonito e com vista aberta para vários pontos do parque, ele dá aquela sensação de calma no meio da cidade.
Muita gente para por ali só para sentar na grama e olhar o reflexo do céu na água, especialmente no fim da tarde.
Não dá para nadar, claro. Mas é comum ver aves aquáticas e até peixes saltando em dias mais quentes.
Aliás, é um dos melhores lugares do parque para tirar fotos, principalmente no pôr do sol ou quando tem neblina no início da manhã.

Durante as cheias, o lago pode transbordar em algumas áreas, porque faz parte do sistema de contenção de enchentes da cidade.
Por isso, não estranhe se encontrar algumas partes alagadas nos dias de chuva forte. A natureza aqui tem licença para funcionar.
Capivaras e outros animais (fauna urbana)
Sim, elas existem. E não estão nem aí para a sua surpresa.
As capivaras são as moradoras mais famosas do Parque Barigui, aparecem com frequência nas margens do lago, atravessam as pistas com calma olímpica e às vezes até posam para foto.
Não é raro ver grupos inteiros, com filhotes, tomando sol na grama ou passeando entre os visitantes.
Elas são dóceis, mas não são pets. Então, evite chegar muito perto ou tentar tocar. É comum ver placas avisando sobre isso.

Além das capivaras, o parque abriga várias aves, como quero-queros, garças e marrecos, que se adaptaram bem ao ambiente urbano.
É um lugar interessante até para quem curte observação de aves. Se você for bem cedo ou em dias mais tranquilos, vai perceber o barulho da cidade sendo trocado pelo som dos pássaros.
E tem mais: vez ou outra aparecem saguis, gambás e até alguns patos canadenses, que migraram e resolveram ficar por ali.
Brinquedos, parquinho e pedalinho
Se você vai ao Parque Barigui com crianças, pode ficar tranquilo: tem o que fazer sim.
O parquinho principal fica perto da pista e tem brinquedos como escorregadores, balanços e uma área com areia.
É tudo bem simples, mas funciona, principalmente para os pequenos que só querem correr, subir e descer o tempo todo.
Perto dali, nos fins de semana e feriados, costumam aparecer brinquedos infláveis e atividades pagas, como cama elástica, trenzinho e carrinho elétrico.
O pagamento pode ser feito em dinheiro, cartão ou até via PIX. Os valores variam, mas em geral giram entre R$ 10 e R$ 20 por sessão.
O pedalinho é uma das atrações mais disputadas nos dias de sol. Fica à beira do lago, e as filas costumam ser rápidas.
Os pedalinhos são de dois lugares e funcionam com colete salva-vidas. O preço pode mudar dependendo da temporada, mas costuma ficar em torno de R$ 25 por 20 minutos.
Só um aviso: em dias de muito movimento, como domingo à tarde, os brinquedos ficam bem cheios.
A dica é ir mais cedo ou deixar para o fim do dia, quando o parque começa a esvaziar.
Pista de caminhada
A pista de caminhada do Parque Barigui é daquelas que você começa sem intenção e, quando vê, já deu a volta toda.
São aproximadamente 3,5 km contornando o lago, com trechos de asfalto e chão batido, bem nivelados e fáceis de andar.
Durante a semana, principalmente de manhã e no fim da tarde, o movimento é mais tranquilo.
Já nos fins de semana, vira ponto de encontro: famílias, idosos, corredores, gente com cachorro, crianças em patinete, todo mundo usa a mesma pista.
Por isso, vale ter um pouco de paciência e atenção aos arredores.
Ah, e se você for desses que gosta de andar com calma só para curtir o ambiente, tá liberado. O caminho tem sombra, vista para o lago e até bancos para sentar e respirar.
Ciclovia
A ciclovia do Parque Barigui acompanha boa parte da pista de caminhada e é muito usada por quem quer pedalar com calma, sem precisar encarar o trânsito da cidade.
É ideal para ciclistas casuais, famílias com crianças e até para quem está começando a andar de bike.
Mas tem um detalhe importante: a faixa destinada às bicicletas é mais estreita que a dos pedestres, e nem sempre é respeitada como deveria.
Algumas pessoas acabam caminhando por ali sem perceber, o que pode gerar pequenos sustos.
Então, se você for pedalar, vá devagar e sinalize com educação ao passar por alguém. E se estiver a pé, tente evitar andar na ciclovia.
Durante a semana, o fluxo é bem tranquilo. Já nos fins de semana, o parque fica cheio e a ciclovia vira um verdadeiro vai-e-vem de bikes, patinetes e às vezes até skates.
Se você não tem bicicleta, não tem problema. Às vezes há aluguel de bikes no próprio parque ou em serviços de compartilhamento espalhados por Curitiba. Fica a dica.
Museu do Automóvel
O Museu do Automóvel de Curitiba fica dentro do Parque Barigui, bem ao lado do pavilhão da Expo Renault.
O acervo conta com dezenas de carros antigos, nacionais e importados, todos bem conservados e com placas explicativas.
Tem modelos raros, clássicos dos anos 50 e até veículos usados em filmes e competições.
É um prato cheio para quem gosta de carro, mas também agrada quem só quer ver algo diferente.
O ingresso é acessível (geralmente por volta de R$ 20) e o museu funciona de terça a domingo, das 10h às 17h.
Crianças, estudantes e idosos pagam meia. Vale confirmar os horários e preços atualizados antes de ir, já que podem mudar conforme o calendário de eventos.
Roda-gigante
Sim, o Parque Barigui tem uma roda-gigante, e não é qualquer uma.
Com 27 metros de altura, ela garante uma vista panorâmica do lago, da área verde ao redor e até de parte da cidade, dependendo do tempo.
Em dias claros, dá para ver Curitiba de um jeito bem diferente lá de cima.
A roda-gigante funciona geralmente de terça a domingo, das 14h às 21h. Nos fins de semana e feriados, o horário costuma ser ampliado.
O ingresso gira em torno de R$ 20 a R$ 25 por pessoa, e o pagamento pode ser feito em dinheiro, cartão ou PIX.
Crianças pequenas precisam estar acompanhadas, e há limite de peso por cabine, tudo com bastante segurança.
À noite, ela fica iluminada com luzes coloridas, o que transforma completamente a paisagem do parque.
É uma das atrações mais fotografadas, principalmente no verão ou durante o Natal no Barigui, quando o parque recebe decoração especial.
Vale lembrar: a roda-gigante não é permanente. Ela costuma ser montada por períodos, então, antes de ir, vale checar no perfil do parque ou da empresa responsável se está funcionando.

Centro de Exposições
Dentro do Parque Barigui também funciona o Centro de Exposições Expo Renault Barigui, um dos espaços mais usados para eventos em Curitiba.
O local recebe feiras, congressos, shows, festivais gastronômicos e até exposições de carros, o que combina bem com o Museu do Automóvel ali do lado.
Apesar de estar dentro do parque, o acesso ao pavilhão é separado e depende do evento.
Em dias de feira, o movimento por ali aumenta bastante, e o estacionamento costuma lotar mais rápido.
Vale ficar atento também a filas e interdições temporárias de áreas próximas.
Se você der sorte de pegar um evento rolando durante sua visita, vale muito a pena incluir no passeio.
Usina e antiga chaminé
Logo na entrada principal do Parque Barigui, perto da Av. Cândido Hartmann, você vai notar uma estrutura alta de tijolos à vista.
Aquela é a antiga chaminé da usina de tratamento de lixo, um dos marcos históricos da área.
Hoje, ela não está mais em funcionamento, mas foi mantida como símbolo da urbanização planejada de Curitiba e da relação da cidade com o meio ambiente.
A estrutura remete a uma época em que o parque ainda era uma área rural da cidade, e a usina fazia parte do projeto de saneamento urbano.
A presença da chaminé reforça a ideia de que o Barigui não é só um espaço de lazer, mas também um registro vivo da história de Curitiba.
Onde fica o Parque Barigui e como chegar
O Parque Barigui fica em uma das áreas mais acessíveis de Curitiba, no bairro Bigorrilho, também conhecido como Champagnat.
O endereço oficial é: Av. Cândido Hartmann, s/n – Bigorrilho, Curitiba – PR, 82025-160.
Não precisa se preocupar com horário: o parque é aberto 24 horas. Mas a maior parte da movimentação acontece durante o dia, especialmente nos fins de semana.
Se precisar de informações mais específicas, dá para conferir o perfil do parque no Instagram ou entrar em contato pelo telefone: (41) 3350-9891.
Agora, sobre como chegar lá, depende do seu estilo:
De carro
O Barigui tem estacionamentos ao redor do parque, gratuitos, mas que enchem rápido. Vale chegar cedo, especialmente aos domingos.
A entrada principal é pela Av. Cândido Hartmann, mas há acessos laterais por ruas menores.
De ônibus
O transporte público em Curitiba é bem integrado. Linhas como Interbairros II, Centenário/Campo Comprido e outras que passam pelo bairro Bigorrilho te deixam perto.
Use o app da Urbs para conferir o melhor trajeto.
De bicicleta ou a pé
Para quem está nos bairros próximos, é tranquilo ir pedalando ou caminhando.
Há ciclovias que ligam o parque a outras áreas da cidade, e o próprio Barigui tem estrutura para quem vai de bike.
De aplicativo (Uber/99)
É fácil chamar um carro por ali. Uma boa dica dos locais é pedir o carro na ponte da Cândido Hartmann, perto da casa amarela, assim o motorista tem saída fácil para o centro.
Mesmo sem placas chamativas, o Barigui é aquele tipo de lugar que “todo mundo sabe onde fica”.
Se você perguntar para um curitibano, ele provavelmente vai responder algo como: “Vai indo pela Cândido que você já vê as capivaras”.
Infraestrutura para visitantes
O Parque Barigui é gratuito e tem uma estrutura básica, mas funcional. Não espere luxo, mas dá para passar o dia lá com conforto, principalmente se você for com o mínimo de preparo.
A seguir, um resumo do que você vai encontrar por lá, e o que talvez precise levar de casa.
Estacionamento
O parque tem várias áreas de estacionamento ao redor, todas gratuitas. Nos fins de semana, elas costumam lotar rápido, principalmente nas proximidades do pedalinho e da Expo Renault.
Algumas vagas são monitoradas por guardadores informais durante o dia.
Banheiros
Existem banheiros públicos no parque, mas a estrutura é simples. A maioria é paga (R$ 2,00), o que gerou reclamação de alguns frequentadores, principalmente idosos.
Se estiver com crianças pequenas, leve isso em consideração.
Bares, lanchonetes ou quiosques
Há quiosques e carrinhos de comida espalhados pelo parque, com pipoca, água de coco, milho, pastel, etc.
Em dias de evento ou sol forte, surgem opções extras. Para refeições mais completas, o ideal é dar um pulo no Shopping Barigui, que fica ali do lado.
Possibilidade de piquenique
Piquenique? Pode sim, e muita gente faz. O parque tem gramados amplos, áreas sombreadas e até mesas em alguns pontos.
Leve sua toalha, cesta ou mochila térmica e pronto. Só lembre de recolher o lixo depois, claro.
Área para pets
O Barigui é um dos lugares favoritos de quem tem cachorro em Curitiba.
É pet friendly, tem espaço de sobra, e inclusive conta com uma área cercada para cães, tipo “parcão”, onde os bichinhos podem correr soltos com segurança.
Melhores horários e épocas para visitar
O Parque Barigui pode ser visitado o ano todo, mas alguns horários e épocas tornam a experiência muito mais agradável, seja para quem quer tranquilidade, boas fotos ou aproveitar eventos.
Não é só uma questão de clima: o tipo de público, o movimento e até a paisagem mudam ao longo do dia e do ano.
Aqui vão as melhores escolhas:
De manhã cedo, com neblina ou geada
Nos meses mais frios, principalmente entre junho e agosto, é comum encontrar o parque coberto por uma leve neblina logo nas primeiras horas do dia.
Em dias de geada, a grama ganha aquele tom branco que parece coisa de filme. É o horário favorito dos fotógrafos e de quem gosta de caminhar com o parque ainda vazio.
O visual é único, e rende cliques incríveis com a chaminé ao fundo.
Pôr do sol
Se você prefere algo mais leve, o fim de tarde também é um ótimo momento.
O sol se põe atrás do lago, e o reflexo na água cria uma paisagem que muita gente para para ver (e fotografar).
É um horário mais cheio, sim, mas com clima gostoso. Dá para encerrar o dia com um pastel e um caldo de cana em um dos quiosques.
Eventos como Natal no Barigui
Em dezembro, o parque recebe a decoração de Natal organizada pela Prefeitura e patrocinadores locais.
A Roda-Gigante fica iluminada, há apresentações e até presépio com som e luz.
Nessa época, o movimento aumenta muito, principalmente à noite, então, vale chegar cedo e ir preparado para filas.
Mesmo assim, o clima natalino transforma o espaço e atrai visitantes de toda a cidade.
Dias com pouca chuva (ou sem previsão de alagamento)
Como o parque faz parte de um sistema de contenção de cheias, ele pode alagar em períodos de chuva intensa.
Não é nada perigoso, mas algumas trilhas e pistas ficam intransitáveis.
Por isso, se estiver planejando piquenique, pedalinho ou caminhada com crianças, o ideal é escolher dias de sol ou com previsão de tempo firme.
Dicas para quem vai com crianças
O Parque Barigui é uma boa opção para passeios em família, mas algumas dicas simples ajudam a tornar a visita mais tranquila (e divertida).
O parquinho principal tem brinquedos básicos como escorregador e balanço, além de bastante espaço para correr.
Nos fins de semana, aparecem brinquedos infláveis pagos, e o pedalinho costuma fazer sucesso com os maiores.
O parque é seguro, mas vale redobrar a atenção com crianças pequenas, principalmente nas proximidades do lago ou das pistas compartilhadas com ciclistas.
A movimentação é grande, e nem todo mundo anda devagar.
Levar uma canga ou toalha é uma boa ideia, dá para sentar na grama, montar um piquenique ou só descansar à sombra.
Também vale levar lanche, água, protetor solar e lenços umedecidos, já que a estrutura de banheiros é simples.
Com um pouco de preparo, dá para passar horas no Barigui com as crianças, sem pressa e sem estresse.

Vale a pena visitar o Parque Barigui?
Agora que você já sabe o que fazer no Parque, mas ainda está na dúvida se vale a pena ir, a resposta é: com certeza sim!
Depois de algumas visitas, e conversas com moradores, turistas e quem frequenta o parque, posso afirmar que o Barigui se destaca por oferecer:
- Contato com a natureza, com capivaras, aves e paisagens variadas.
- Infraestrutura básica, mas funcional: estacionamento gratuito, quiosques, parquinho e até pedalinho.
- Atividades para todos os estilos: caminhada, bike, piquenique, pedalar e acompanhar eventos sazonais (como Natal).
- Segurança aceitável, com ronda da Guarda Municipal e ambiente familiar, só vale ter atenção com crianças perto da ciclovia.
Nos comentários do Google Maps, frequentadores elogiavam a tranquilidade e criticavam a falta de banheiros:
- “Parque ótimo, falta apenas os pedestres respeitarem a ciclovia”.
- “Banheiros deveriam ser gratuitos. Sou idoso e necessito ir diversas vezes”.
Esses pontos mostram que, apesar de simples, o parque cumpre bem a proposta, com alguns detalhes que você já sabe como contornar (tipo levar toalha, lanchinho, evitar a ciclovia etc.).
Em resumo: se você quer um passeio leve, com opções para todos os gostos e com aquele jeitinho curitibano de parque público, o Barigui é opção certeira.
Dúvidas comuns sobre o Parque
Quanto custa para ir ao Parque Barigui?
Nada. O acesso ao parque é totalmente gratuito e funciona 24 horas por dia.
Onde tirar a melhor foto com capivaras?
As capivaras costumam ficar nas margens do lago, principalmente perto da ciclovia e das áreas com sombra. Vá cedo ou no fim da tarde, elas adoram aparecer nesses horários.
Quais são os valores dos brinquedos no Parque Barigui?
Brinquedos infláveis, trenzinhos e outras atrações infantis costumam custar entre R$ 10 e R$ 20. O pedalinho sai por cerca de R$ 25 por 20 minutos.
Pode levar bicicleta no parque?
Pode sim! O Barigui tem ciclovia, e muitos visitantes usam o parque para pedalar. Só tome cuidado com os pedestres, nem todo mundo respeita a sinalização.
Onde ver capivaras em Curitiba?
O Parque Barigui é o lugar mais fácil e garantido para ver capivaras de perto em Curitiba. Elas circulam livremente e são praticamente símbolo do parque.
Tem estacionamento no Barigui?
Tem sim. São várias áreas ao redor do parque, todas gratuitas. Nos fins de semana, é bom chegar cedo, porque as vagas lotam rápido.